Quem é do mundo da economia, deve ouvir falar bastante sobre esse tema: inflação. Tem ligação direta com a economia do país e forte influência no cotidiano.
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Esta é uma palavra que ocupa bastante do nosso cotidiano. A inflação tem como conceito básico o aumento de preços de bens e serviços. Mas, surpreendentemente, ainda assim é necessário ter inflação num país, claro, sem níveis elevados.
Por isso, preparei este artigo, te contextualizando e esclarecendo tudo sobre este assunto. Siga aqui!!
Como já dito acima, a inflação é o aumento generalizado, durante um determinado período de tempo, dos preços de bens e serviços de um país. Assim, consequentemente, a inflação provoca um aumento do custo de vida e uma redução do poder de compra de cada pessoa.
Há vários exemplos práticos do cotidiano em que é possível ver a variação deste índice. Talvez o principal deles seja o supermercado, pois os preços dos produtos não são os mesmos de anos atrás e estão mais caros. Além disso, normalmente os salários não são reajustados na mesma proporção, o que diminui o poder de compra da população.
Outro exemplo é o prêmio do Big Brother Brasil, um reality show muito famoso aqui no país.
Em sua primeira edição, o valor da premiação foi de 500 mil reais. Já na última edição, foi de 1 milhão e meio de reais. E acredite: o prêmio da primeira edição vale mais que a do atual. E aí é que entra a inflação, corroendo essa diferença de valores.
Há de se ressaltar também que a inflação tem seu impacto no aluguel, automóveis, mensalidade de faculdade, entre outros.
E por que isso acontece? Basta comparar o que se podia gastar na época com aquele dinheiro e o que se pode gastar atualmente com o prêmio.
E, como já dito acima, a inflação não é prejudicial para as pessoas, desde que seja controlada, acompanhando um reajuste salarial e mais espaçada. Por isso que, quando acontece um aumento muito repentino nela, em uma velocidade maior do que o que deveria ser absorvido, é ruim para os consumidores e para a própria economia do país, causando transtornos.
Você já começou a entender qual o conceito básico da inflação e viu até exemplos. Mas, no nosso podcast Papo de Tubarão, conversamos bastante sobre o assunto e como ocorre na prática esta redução do poder de compra.
Por isso, você pode ver no vídeo abaixo para entender de forma mais facilitada o funcionamento da inflação no nosso cotidiano:
As causas para a inflação de um país podem ser de quatro grupos, sejam elas de curto ou maior prazo. Veja abaixo que grupos são esses:
É das causas mais comuns e trata-se de quando um produto está em baixa quantidade e há muitas pessoas querendo consumí-lo. Isso faz com que seu preço suba a fim de equilibrar oferta e procura.
Um dos fatores que podem potencializar esta causa é a alta disponibilidade de crédito, pois isso aumenta o poder de compra e, consequentemente, o consumo e a demanda.
É também conhecida como “inflação de custos” e trata-se de um impacto de fatores no preço final do produto. Também ocorre quando a matéria-prima de algum produto fica mais cara e, assim, o valor acaba sendo repassado ao consumidor final.
Ela também pode gerar uma crise na demanda, pois os custos de produção ficam mais altos, o que pode fazer com que se diminua a quantidade do produto, não suprindo assim a demanda.
Tratam-se de momentos diferentes, mas que têm relação com uma inflação futura originada a partir de uma inflação passada. Entram na inércia inflacionária os reajustes salariais, de aluguel ou até outros serviços, por serem baseados num período anterior.
Por isso, o que se busca com isso é uma recomposição de trabalhadores, proprietários de imóveis, entre outros, o que pode ocasionar uma retroalimentação inflacionária.
Quanto à expectativa de inflação, há de se ressaltar que ela se refere a comportamento. Um exemplo evidente disso é quando um lojista antecipa um aumento dos preços da sua loja por esperar que ocorra um aumento generalizado de preços, tanto na inflação de demanda, quanto na de custos.
Aí entra a influência do governo na inflação, no sentido de uma impressão maior de dinheiro em função dos gastos serem maiores que a arrecadação. Ao emitir papel-moeda para acerto de contas, a produção e a riqueza do país não estão aumentando, mas sim apenas o volume de dinheiro em circulação.
E, assim, os preços aumentam, por ter mais dinheiro que circula no mercado do que oferta por produtos e serviços. Aí está porque imprimir dinheiro gera inflação, por isso um governo deve ser muito estratégico quando se trata deste tema.
Primeiramente, não é a partir de apenas um único índice que é possível calcular a inflação, pois há diferentes aspectos da vida e do cotidiano a serem considerados.
O principal indicador para calcular a inflação é o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que é calculado pelo IBGE e busca abranger 90% da população. Dentro do IPCA, entram famílias que recebem de 1 a 40 salários mínimos, levando em conta fatores como: habitação, alimentação, transporte, vestuário, despesas pessoais, saúde, educação e comunicação.
Há também outros índices, que medem a inflação em setores mais específicos, como: INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), IGP (Índice Geral de Preços) e IPA (Índice de Preços no Atacado). Sobre eles, você pode ver melhor neste artigo que escrevi.
Além de já ter dito acima motivos que causam uma inflação, no caso aqui do Brasil atualmente, houve um aumento por conta da guerra entre Rússia e Ucrânia, de aumento de casos de covid-19 e também pelos preços do petróleo.
Mas, os últimos índices e estimativas feitas pelo mercado financeiro têm mostrado uma deflação, em função principalmente da redução do ICMS sobre combustíveis, energia elétrica, telecomunicações e transporte coletivo.
Só para este ano, por exemplo, o Boletim Focus, que é divulgado semanalmente e traz previsões dos analistas do mercado financeiro, já trouxe a nona queda consecutiva para o IPCA. Mas, ainda assim, seriam valores acima da meta central e do teto estabelecidos pelo Banco Central: 3,5% e 5%, respectivamente.
Quem define a meta de inflação no Brasil é o CMN, ou Conselho Monetário Nacional, e cabe ao Banco Central (Bacen) cumprir esta meta.
Para controlar a inflação, serão necessárias medidas de curto e longo prazo. As de curto prazo se referem às medidas de aperto fiscal e monetário. Ou seja, isso diz respeito a juros elevados, redução de gastos públicos e impostos mais altos.
O objetivo principal é conter a demanda por estes produtos e serviços, para que o ritmo de aumentos não seja tão alto. Mas, isso ocasiona um impacto recessivo na economia, pois ela pode crescer menos e o desemprego aumentar.
Já as de longo prazo se referem às medidas que fazem o governo diminuir a necessidade de se financiar emitindo moedas. Entram nessas medidas o aumento dos impostos, ajustes nas finanças e cortes de gastos.
Já foi tentado no Brasil, por exemplo, conter a inflação com estas medidas na década de 80, que estava em níveis estratosféricos. Mas, as estratégias foram mal pensadas, pois tentou-se atacar efeitos e não realmente resolver o problema na sua origem.
Na época, resolveu-se aumentar os preços e não fazer a reforma fiscal, que era necessária. Esta medida é popularmente chamada de congelamento de preços, que também escrevi um artigo aqui no blog sobre este conceito.
E aí Tubarão, entendeu mais sobre este assunto extremamente relevante dentro do mundo da economia e do mercado financeiro? Já preciso te adiantar: é conteúdo de prova, mas você sendo meu aluno, receberá os melhores macetes para tirar de letra tudo isso. Por isso, se ainda não for, venha ser meu aluno!
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