Sim, o Tarifaço de Trump é assunto de novo, pois, a partir do dia 1º de agosto, novas e mais altas tarifas serão válidas para muitos países. Acompanhe aqui.
Tubarão, lembra ou está acompanhando toda a história do tarifaço dos Estados Unidos? Nesta semana, tivemos um novo capítulo desta história: Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, anunciou a elevação das taxas sobre produtos importados para 22 países.
Por isso, elaborei este artigo para te contextualizar sobre o que há de novo e qual o contexto do Tarifaço de Trump. Inclusive, o Brasil foi taxado. Bora conferir?
Na última quarta-feira (9), o Brasil foi taxado em 50% pelos Estados Unidos, após envio de carta por Donald Trump, o presidente dos Estados Unidos, ao presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva. Esta nova tarifa passa a valer para o dia 1º de agosto.
De acordo com o documento, esta tarifa será aplicada sobre "todas e quaisquer exportações brasileiras enviadas para os EUA, separada de todas as tarifas setoriais existentes".
Ainda na carta , Trump considera que:
“[...] essas tarifas são necessárias para corrigir os muitos anos de tarifas e barreiras tarifárias e não tarifárias do Brasil, que causaram esses déficits comerciais insustentáveis contra os EUA. Esse déficit é uma grande ameaça à nossa economia e, de fato, à nossa segurança nacional".
E com esses 50%, a tarifa sobre o Brasil é a maior do mundo imposta pelos Estados Unidos. Claro, esta é uma medida dos EUA para conseguir um acordo ou recuo por parte do Brasil.
Donald Trump enviou cartas para mais 21 países, além do Brasil, que são parceiros comerciais, definindo tarifas mínimas sobre produtos importados. São eles:
Estas novas tarifas valerão a partir do dia 1º de agosto deste ano. Ainda assim, terão “cartas adicionais nos próximos dias”, segundo Karoline Leavitt, a porta-voz da Casa Branca. O próprio Donald Trump acrescentou nas cartas que:
“se, por qualquer motivo, vocês [estes países] decidirem aumentar suas tarifas, qualquer que seja o valor que vocês escolherem, elas serão adicionadas” às taxas de importação do país.
Com esta nova alta das tarifas, um novo alerta se acende sobre a guerra comercial de Trump, com suas tentativas de pressionar os parceiros comerciais a firmarem acordos com os EUA.
Esta “pressão” só surtiu efeito com 3 países até agora: Reino Unido, Vietnã e China. Começando com a China, o acordo ainda depende de aprovação oficial, pois foram meses de impasse. Mas já há um consenso nos termos do acordo:
Cabe ressaltar que, no dia 8 de julho, a China se mostrou contrária à nova ascensão da tensão comercial, por conta da restauração das tarifas em agosto. Com isso, ela ameaçou retaliar países que fecharem acordos com os EUA, retirando a China das cadeias de oferta.
Agora, falando do Reino Unido, que foi o primeiro país a fechar um acordo comercial, ficou mantida a tarifa de 10% dos EUA sobre os produtos importados do Reino Unido. Pelo lado britânico, caiu de 5,1% para 1,8% as tarifas sobre os EUA, além da ampliação do acesso aos seus mercados por parte do país norte-americano.
Também tem o Vietnã, cujo acordo foi anunciado no dia 2 de julho e traz estes termos:
E, Tubarão, você lembra daquelas “tarifas recíprocas” que suspendiam, por 90 dias, as tarifas impostas por Trump lá no início? O prazo de encerramento desta suspensão era até o dia 9 de julho, mas com esta elevação, fica prorrogada até o dia 1º de agosto. Ou seja, serão mais 3 semanas para negociar os acordos.
Talvez, você esteja se perguntando: "Lucas, por que isso importa para quem atua no mercado financeiro?" Porque tarifas desse nível impactam preços de commodities, câmbio, inflação global e até a perspectiva de juros nos EUA, que se conectam diretamente com os fundos que você recomenda aos seus clientes. Percebeu que tudo impacta no dia a dia?
Tubarão, parece que estamos longe de um final para essa história do Tarifaço. Por isso, se eu fosse você, continuaria acompanhando o blog e as minhas redes sociais para ficar por dentro do que está acontecendo no mercado financeiro.
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