Tarifaço de Trump, com o decreto assinado, impõe uma tarifa de 50% sobre o Brasil. Entenda os impactos, os produtos isentos e o que muda na economia brasileira.
Na mesma semana em que a Super Quarta movimentou os mercados com a decisão do Copom sobre a Selic, outro evento sacudiu a economia global: o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto que impõe uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros.
Sim, Tubarão. O chamado "Tarifaço de Trump" entrou oficialmente no jogo e pode impactar diretamente o bolso dos brasileiros, e os rumos das exportações do Brasil. Venha entender o que está acontecendo e o que realmente muda com essa medida.
No dia 30 de julho, Trump assinou uma ordem executiva que impõe uma tarifa adicional de 40% sobre produtos brasileiros, somada aos 10% anteriores, o total chega a 50%.
Segundo o comunicado da Casa Branca, a decisão foi tomada porque ações do governo brasileiro representariam uma "ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional, à política externa e à economia dos EUA".
Entre os pontos citados como justificativa estão:
Esses segmentos são importantes para a balança comercial brasileira e agora enfrentarão perda de competitividade frente aos concorrentes de outros países.
Além disso, o comunicado da Casa Branca é recheado de críticas diretas ao STF brasileiro e ao ministro Alexandre de Moraes, citando episódios de censura e perseguição política a opositores de Jair Bolsonaro, inclusive o caso de Paulo Figueiredo, processado no Brasil por declarações feitas nos Estados Unidos.
Também os vistos de oito ministros do STF foram revogados, assim como o do procurador-geral Paulo Gonet. A Casa Branca afirma que está “defendendo a liberdade de expressão americana” e “protegendo empresas americanas contra coerção e censura”.
O decreto vem acompanhado de uma longa lista de exceções. Cerca de 700 produtos brasileiros não serão afetados pela tarifa de 50%, o que representa entre 43% e 47% das exportações totais para os EUA.
Estes são alguns dos produtos isentos da tarifa:
Ou seja: grandes setores da indústria brasileira foram poupados do tarifaço. Mas outros não tiveram a mesma sorte… Além disso, alguns setores estratégicos do agronegócio ficaram de fora da lista de exceções e serão sobretaxados:
Apesar do susto inicial, algumas gigantes brasileiras se beneficiaram com as isenções (pelo menos por enquanto):
Mesmo com quase 700 produtos brasileiros isentos da tarifa, o decreto de Trump impõe uma pressão real sobre a economia do Brasil, especialmente em setores sensíveis como o agronegócio e a balança comercial. Abaixo, destaco os principais efeitos dessa medida:
As tarifas entram em vigor em 6 de agosto. Os impactos devem começar a ser sentidos nas próximas semanas, especialmente no setor exportador. Como você percebeu, o Tarifaço não é só uma disputa comercial.
Ele envolve diplomacia, política, economia e até o humor dos investidores. E pode afetar diretamente o bolso de quem investe e a competitividade de quem exporta.
Por isso, continue acompanhando aqui no blog e nas redes do Professor Lucas Silva. A gente te explica o que está por trás das notícias e como isso mexe com sua carreira e seu dinheiro.
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