Com mais de R$ 1,7 trilhão acumulado, a previdência privada cresce no Brasil. Entenda os números, os planos mais escolhidos e o impacto do IOF no VGBL.
Você já parou para pensar quanto o brasileiro está guardando para o futuro? Pois saiba, Tubarão, que a poupança previdenciária da sociedade brasileira atingiu uma marca histórica em 2025: R$ 1,7 trilhão aplicados em planos de previdência privada aberta, o equivalente a 13,7% do PIB do país.
O dado foi divulgado pela Fenaprevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida), entidade que representa o setor. Mas o que esses números realmente dizem? Vamos por partes...
É o tipo de previdência contratada diretamente com seguradoras ou bancos, fora do INSS. Existem duas principais modalidades: PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre).
Ambas têm como objetivo ajudar o investidor a formar uma poupança de longo prazo para complementar a aposentadoria, com benefícios fiscais diferentes.
Apesar dos objetivos similares, VGBL e PGBL têm uma diferença que diz respeito ao Imposto de Renda.
Segundo o relatório da Fenaprevi, 11,2 milhões de pessoas possuem ao menos um plano de previdência privada aberta no Brasil. Isso representa cerca de 7% da população adulta.
Curiosidade: há mais planos do que pessoas, cerca de 14 milhões de contratos ativos. Isso mostra que muitas pessoas têm mais de um plano ou aplicam para familiares.
Mas atenção: só 78 mil planos estão na fase de recebimento (ou seja, na “aposentadoria” efetiva). Isso mostra que o setor ainda é jovem e muita gente ainda está na fase de acumular patrimônio para o futuro.
Entre os planos contratados:
Entre janeiro e maio de 2025, a arrecadação total do setor foi de R$ 73,5 bilhões. A maior parte desse valor (R$ 67,8 bilhões, ou 92,2%) foi direcionada para planos VGBL.
Apesar do saldo total ser positivo, os dados mostram que a captação líquida caiu. Veja os números de janeiro a maio de 2025:
Ou seja: o brasileiro continua investindo, mas está sacando mais, o que pode indicar uma pressão sobre a renda ou mudanças no comportamento financeiro.
Você deve ter ouvido falar: em junho de 2025, um decreto presidencial criou uma nova cobrança de IOF sobre aportes mensais acima de R$ 300 mil no VGBL (e de R$ 600 mil em 2026).
A decisão foi barrada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, que suspendeu a elevação, mas manteve a alíquota de 5% nesses casos.
O impacto é direto sobre investidores de alta renda, que costumam fazer aportes maiores em planos VGBL. E a medida gerou forte reação do setor.
Segundo a Fenaprevi e a CNseg (Confederação Nacional das Seguradoras), a cobrança “cria uma assimetria” e desestimula a poupança de longo prazo, justamente num país que está envelhecendo rapidamente.
Porque os planos de previdência são veículos estratégicos de planejamento financeiro. Eles ajudam o brasileiro a se preparar para o futuro, e são ferramentas poderosas de eficiência tributária, sucessão patrimonial e blindagem financeira.
Mas todos esses benefícios só se concretizam se o investidor realmente entende como cada modalidade funciona e os impactos das decisões políticas e econômicas sobre esse mercado.
O crescimento da previdência privada mostra que o brasileiro está cada vez mais preocupado com o futuro. Mas também escancara a importância de entender bem o funcionamento dos produtos financeiros, os benefícios fiscais e os riscos de cada escolha.
E é aqui que entra o seu papel, Tubarão. Seja você um investidor ou um profissional do mercado financeiro, entender o cenário e orientar bem seus clientes é essencial. E aí Tubarão, gostou do conteúdo?
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