A influenciadora Virgínia Fonseca prestou depoimento nesta semana na CPI das Bets. Além das investigações, essa história escancara algo sobre a sua carreira…
A CPI das Bets teve um capítulo bem marcante nesta semana, Tubarão. E envolve a influenciadora Virgínia Fonseca, que prestou depoimento na última terça-feira (13) no Senado.
Mais do que apenas falar sobre a investigação, essa CPI me fez pensar sobre algo a respeito da sua carreira e que, possivelmente, passou despercebido.
E é o que eu quero te trazer neste artigo!
Esta CPI, ou Comissão Parlamentar de Inquérito, das Bets investiga irregularidades nos contratos de publicidade de influenciadores, que teriam ganhos atrelados às perdas de apostadores, e a própria promoção destes jogos de azar por parte dos influenciadores.
Essa promoção é considerada problemática, pois muitos dos seguidores são menores de idade ou pessoas com vícios em jogos.
A influenciadora Virgínia Fonseca foi convocada como testemunha e questionada sobre os contratos de publicidade, além do possível incentivo às apostas para os seus seguidores.
Ela negou as irregularidades, afirma sempre alertar o público sobre os riscos das apostas e reitera não ter ficado milionária a partir das Bets:
“Eu já tinha 30 milhões de seguidores quando divulguei (bets) e tenho a minha empresa. […] Ano passado (a minha empresa) faturou R$ 750 milhões, se não me engano. Então, eu não fiquei milionária com bet, não”.
Sobre os ganhos em cima das perdas dos apostadores, Virgínia negou e afirma que só teria um aumento de 30% no seu cachê se ela fizesse a empresa dobrar o lucro:
"Esse valor nunca foi atingido, nunca recebi um real a mais do que meu contrato de publicidade que fiz por 18 meses. Era um valor fixo. Se eu dobrasse o lucro, eu receberia 30% a mais da empresa. Mas isso não chegou a acontecer".
Ainda assim, a reflexão permanece: o quanto uma figura pública influencia decisões que envolvem dinheiro e o quanto ela deve se responsabilizar por isso.
Primeiro alerta aqui, Tubarão: eu não estou dizendo que você está influenciando pessoas a apostarem em Bets e que participa da divulgação disso.
Tem algo nesta história que vai além das próprias plataformas de apostas, dos influenciadores divulgando tudo isso e que me preocupa bastante: Boa parte do país que trata o tema “enriquecer” como se fosse mágica.
Para começar, bora refletir sobre as frases abaixo e se elas são familiares para ti:
Se você repete scripts de venda sem entender o produto, se não avalia o perfil do cliente, se não explica os riscos com clareza, você pode estar reproduzindo o mesmo padrão: influenciar alguém a tomar uma decisão financeira sem a devida responsabilidade técnica.
Reparou que você não precisa nem estar vendendo bet, mas está fazendo “o mesmo” que os influenciadores, ao reproduzir estes comportamentos quando vende um produto que:
Talvez, você não perceba, mas você também influencia, por ser uma “autoridade” para os seus clientes, nas decisões de investimentos deles. Acho que você percebeu onde quero chegar, né Tubarão?
Tubarão, acredito que você já até imagine o que eu vou te mostrar sobre essa reflexão, mas não vejo outro jeito de ficar longe disso que não a partir do conhecimento:
A CPI das Bets pode parecer um escândalo distante, mas ela toca num ponto essencial: influência sem responsabilidade é perigosa. Seja em apostas ou em produtos financeiros, quem orienta alguém a tomar decisões com o próprio dinheiro tem obrigação de entender o que está fazendo. E aí Tubarão, gostou do artigo e da reflexão sobre a sua carreira?
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