Este projeto é apenas um dos cinco planejados para este ano, e que deve impactar mais de meio milhão de profissionais já certificados.
Foto: Site ParanaBanco
A Anbima, ou Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais, completa 20 anos desde que foi realizada a primeira prova de certificações. Foi criada para qualificar profissionais a atuarem junto a investidores.
E agora a entidade anuncia mudanças quanto às certificações, além de novas diretrizes. Esta medida é um dos cinco projetos para este ano, a fim de contemplar novos territórios e atividades não cobertas. Em outras palavras, são mudanças para se adequar ao mercado financeiro que constantemente se atualiza.
Consequentemente, estas mudanças da Anbima devem impactar a rotina de meio milhão de trabalhadores já certificados, independente se for a nível maior ou menor. Isso sem contar os demais interessados que contribuem para um alto volume de provas realizadas frequentemente em diversas categorias.
A evolução que mostra o aumento do volume de inscrições para os exames Anbima você pode observar no gráfico abaixo:
Além de adequar as certificações a novos territórios e atividades que ainda não estão cobertas pela entidade, estas mudanças visam aproximar a própria Anbima do público.
Sobre o público, o superintendente de Comunicação, Certificação e Educação de Investidores da entidade, Marcelo Billi, disse em entrevista ao portal ValorInveste que houve uma grande mudança a partir de 2016.
Ele justifica isso que, inicialmente, as certificações eram focadas no relacionamento com instituições associadas. Atualmente, já há adolescentes, estudantes, além de profissionais que enxergam as próprias certificações como um grande diferencial para o mercado, mesmo não sendo obrigatório em suas funções.
Esta nova visão do público que a Anbima tem é um dos principais fatores para a mudança e, consequentemente, a revisão das certificações.
Primeira coisa que você tem que saber: vai ser um amplo estudo. Por isso, que se pode falar de mudanças em médio e longo prazo, nada imediato. E a finalidade deste estudo da Anbima é analisar se as certificações estão de acordo com um cenário muito mais democrático e aberto que hoje é o mercado de capitais do Brasil.
Vale ressaltar que, dentro deste cenário mais democrático e, consequentemente, mais moderno, se encontram, por exemplo, inteligência artificial que balanceiam carteiras e, assim, são maiores as chances de ganhos com menores perdas.
Ou até mesmo, se pode citar a diversificação de agentes em casa, como é o caso de fintechs, assets , além de plataformas de investimentos independentes ou lançadas por instituições financeiras mais tradicionais.
O fato é que, estes exemplos citados acima, justificam que a Anbima queira revisar e até mesmo mudar, se for o caso, as titulações. Hoje, elas estão assim:
Essa quantidade de certificações profissionais só evidenciam o quanto a Anbima é uma das principais certificadoras do mundo, inserindo muitos profissionais no mercado. Ela só perde para a China e os Estados Unidos.
Por estes motivos, o estudo terá como ponto de partida a análise do perfil e da estrutura de distribuição dos investimentos, além de avaliar as funções dos agentes do mercado, conhecidos como job analysis. E esta etapa deve ocorrer a partir de entrevistas com profissionais e instituições financeiras. Tudo isso serve para identificar perfis a serem trabalhados em cada cenário específico, além da aplicação de testes com grupos qualitativos que possam validar informações recolhidas.
Estes atributos contribuirão para ser possível apontar mudanças em cada certificação ou se será necessário criar novas. Isso se justifica pelo fato de que já há profissionais que trabalham com soluções e ferramentas tecnológicas, como por exemplo robôs e inteligência artificial, que contribuem para os investidores tomarem decisões.
Mas claro, é um contexto muito mais amplo: há territórios que a Anbima ainda não consegue cobrir, a partir de licenças específicas que ela mesma distribui. Estes territórios são: compliance; gestão de regimes de previdência de Estados e Municípios; certificar profissionais para trabalhar em redes de atendimento de telemarketing das instituições financeiras; entre outros.
Como você pode ver, tem tanta coisa para ser analisada e feita antes de se tomar qualquer decisão que aí se explica o fato de ser um projeto de longo prazo. Mas quero te deixar por dentro de tudo o que está acontecendo, então siga acompanhando aqui.
A validade das certificações da Anbima devem ser reduzidas, ainda sem previsão de quanto seria esta redução. Se analisar a maior parte das certificações, a validade é de cinco anos para quem já atua na área e de três anos para quem não atua. E quais seriam os motivos para a redução?
O primeiro deles se encontra na definição das diretrizes que irão orientar as próprias mudanças das certificações, as quais são:
Isso trará como consequência que a Anbima aposte em uma agenda de cursos já lançada durante o ano, potencializando a plataforma de estudos da própria entidade e com acesso gratuito.
A ideia é ser um canal de educação continuada permanente, contendo qualquer atualização ou mudança de mercado neste ambiente, de uma maneira mais rápida. E o principal: estar disponível durante a sua carreira e não só em momentos de atualização da certificação.
E ética tem tudo a ver com conduta. É por este ponto que a Anbima quer analisar os profissionais, avaliando seu histórico e enxergar a ética em sua conduta dentro da instituição financeira em que ele estiver ou tenha feito parte.
E perceba que contribuição maravilhosa é essa, pois será possível enxergar o que o profissional fez de errado e de certo, dando a oportunidade de que ele se corrija. E tem mais: futuramente, os investidores devem ter acesso a este histórico, para dar maior segurança em relação à contratação do próprio profissional. Esta provavelmente será a etapa que mais exigirá planejamento e energia por parte de quem organizar, pois, além de tratar de mudanças estruturais, é a etapa mais difícil.
Como já dito lá no início, a Anbima é a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais, responsável por definir boas práticas e condutas para instituições desta área, além de certificar pessoas para que sejam profissionais diferenciados.
Ela também faz a representação do mercado financeiro e de capitais para os demais órgãos governamentais, além de buscar parcerias com outras entidades internacionais que tenham uma visão semelhante a dela.
Surgiu oficialmente em 2009, quando ocorreu a fusão entre a ANDIMA, Associação Nacional das Instituições do Mercado Financeiro, e a ANBID, Associação Nacional dos Bancos de Investimento.
E quanto à aplicação de provas, veja a relevância desta entidade: só nos últimos cinco anos, a média mensal de provas dela duplicou. Isto é sinal de que o interesse das pessoas pelo mercado financeiro e se inserirem nele está crescendo. Veja abaixo como se deu essa evolução de exames:
Por exemplo, as certificações CPA-10 e CPA-20, que são as famosas “portas de entrada” do mercado financeiro e ofereço cursos aqui, têm juntas 397 mil certificados ativos, segundo a própria Anbima. A certificação CEA, que também ofereço curso, tem 18 mil certificados ativos.
E aí, percebeu a relevância e complexidade do assunto? Mas saiba que, além de esclarecer, estou aqui para te deixar atualizado sobre qualquer nova mudança ou novidade sobre o processo. Para isso, você precisa ficar por dentro do Shark News (nossa newsletter), das nossas redes sociais, além do site aqui.
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