Heineken registrou crescimento de 3,3% das receitas consolidadas na base anual, incitando competição com a Ambev. Bora entender qual o contexto dessa alta?
Consegui reunir dois assuntos que amo demais num único artigo: cerveja e mercado financeiro. A Heineken registrou um crescimento de 3,3% nas receitas consolidadas no 3º trimestre de 2024.
O Brasil apresentou um desempenho sólido, onde o crescimento das receitas orgânicas foi na casa de um dígito médio e os volumes de cerveja tiveram expansão de um dígito baixo.
O Bradesco BBI comentou que esses resultados da Heineken estão em linha com as expectativas para a Ambev (ABEV3), que vem projetando crescimento de receitas e volumes no Brasil na casa de um dígito médio e baixo, respectivamente.
Embora os dados não tenham mudado as previsões de lucros do 3º trimestre de 2024 para a Ambev, o BBI levantou algumas questões estratégicas.
O impacto da estratégia agressiva da cervejaria Petrópolis, em recuperação judicial, tem levantado preocupações sobre a pressão nas margens tanto da Ambev quanto da Heineken.
A disputa por participação de mercado, especialmente no segmento econômico, parece ter prejudicado o portfólio da Heineken, enquanto o segmento mainstream da Ambev se manteve resiliente.
O relatório também destacou que a "premiunização" da Heineken não resultou em um crescimento substancial no preço médio e na receita, sugerindo que o mercado competitivo está limitando o aumento dos preços.
Para a Ambev, isso significa que a empresa poderá continuar ganhando volume de mercado, mas às custas da capacidade de aumentar preços.
A análise conclui que o crescimento de receita e lucro da Heineken no Brasil dependerá mais do mix de produtos, canais e embalagens, em vez de aumentos de preços. Esse ambiente competitivo deve se intensificar, uma vez que o crescimento da indústria como um todo está desacelerando.
O Bradesco BBI e o JPMorgan mantêm expectativas neutras para a Ambev, enquanto o Itaú BBA prevê um crescimento de volume de 2,5% para a divisão de cervejas da empresa no Brasil, com a Petrópolis ganhando participação de mercado.
O Itaú também destacou que as vendas da Ambev em setembro podem ter sido impactadas por estoques acumulados, possivelmente esperando uma demanda mais forte no 4º trimestre.
Em termos de valuation, a Ambev está sendo negociada a um múltiplo Preço/Lucro de 13 vezes para 2025, o que o BBI considera relativamente atrativo, mas sem sinais claros de revisões positivas nos lucros ou reclassificações dos múltiplos de suas ações no curto prazo. O Itaú BBA manteve sua recomendação neutra e um preço-alvo de R$ 15 para ABEV3.
Como a Heineken fez com que as ações da Ambev subissem, bora entender mais sobre o mercado de ações.
Quando falamos em mercado de ações, nos referimos a um ambiente em que se negocia a compra e venda de ações e ativos relacionados a empresas de capital aberto. E a Ambev é um desses ativos negociados na Bolsa de Valores do Brasil.
Lembre-se que o preço de uma ação é determinado por:
É um mercado que costuma ser volátil, com os preços flutuando em resposta às notícias e mudanças nas condições do mercado.
E, como você deve estar imaginando, sim, é um mercado que contém riscos. Isso significa que você não deve investir? Não quer dizer, pois há uma série de fatores a serem analisados, como perfil do investidor, riscos que está disposto a correr. Aí será preciso correr atrás de orientação profissional: um assessor, especialista, entre outros.
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