A B3 passa a aceitar debêntures como garantia em operações, o que ampliará o mercado de Renda Fixa no Brasil. Vem que eu te conto tudo nesse artigo, Tubarão!
A B3 anunciou que passará a aceitar o depósito de debêntures como garantia em operações, ampliando o mercado de renda fixa no país.
A medida, que entrou em vigor no dia 2 de dezembro, tem o objetivo de ampliar o rol de ativos aceitos para cobertura de margem de risco em operações que envolvem a atuação da B3 como contraparte central.
De acordo com Luiz Masagão, head comercial e de produtos da B3, a inclusão das debêntures como ativos aceitos para operações vem em um momento em que esse mercado tem atraído uma gama maior de investidores.
Nos últimos anos, o mercado brasileiro observou um crescimento das debêntures tanto como fonte de captação para empresas e projetos, como também na negociação no mercado secundário.
Em 2024, o volume médio diário de debêntures atingiu R$ 2,87 bilhões, um crescimento de 46% em relação ao ano anterior, quando a média diária foi de R$ 1,95 bilhão, segundo dados da B3.
“O uso desse instrumento para cobertura de margem irá facilitar a gestão do portfólio e poderá trazer mais liquidez tanto para o mercado de renda fixa quanto de derivativos”, explica Luiz Masagão.
Para aceitar debêntures como garantia, a B3 definiu alguns critérios:
Essa medida não apenas amplia a flexibilidade para investidores, mas também acompanha o crescente interesse pelas debêntures, especialmente entre pessoas físicas.
Nos últimos anos, as debêntures têm conquistado maior espaço no portfólio de investidores pessoas físicas. Segundo a B3, o volume investido nesse tipo de título cresceu, em média, 32% ao ano nos últimos três anos, superando o desempenho de produtos tradicionais de renda fixa, como os Certificados de Depósito Bancário (CDBs), que registraram crescimento anual médio de 16% no mesmo período.
Esse movimento é impulsionado por fatores como a atratividade das debêntures incentivadas, que oferecem isenção de imposto de renda, e a possibilidade de rendimentos superiores em comparação a outros produtos de renda fixa.
A nova medida da B3 deve consolidar as debêntures como uma alternativa relevante na carteira de investidores pessoas físicas.
Debêntures são títulos de dívida emitidos por empresas para captar recursos no mercado de capitais. Ao adquiri-las, o investidor se torna credor da empresa emissora e recebe uma remuneração baseada em taxas de juros ou indexadores, seja periodicamente ou no vencimento do título.
Esses instrumentos são amplamente utilizados para financiar projetos e expansões. Embora atrativas, as debêntures possuem riscos, como a ausência de proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), menor liquidez em comparação a outros ativos e o impacto do deságio em mercados instáveis.
Ao utilizar debêntures como garantia, o deságio é um fator determinante. Ele ocorre quando o valor de mercado do título é inferior ao seu valor nominal, reduzindo o valor efetivo aceito como garantia. Para mitigar esse impacto, a medida da B3 incentiva maior liquidez no mercado secundário, beneficiando investidores e fundos multimercados.
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