A CVM acusa oito ex-diretores da Americanas de uso indevido de informação privilegiada: insider trading. Bora entender tudo sobre o caso? Leia este artigo.
A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) acusa oito ex-diretores das americanas de uso indevido de informação privilegiada. Esse desdobramento faz parte da força-tarefa criada para investigar a fraude na empresa Americanas.
A varejista tem uma dívida final, após um plano de recuperação judicial aprovado em dezembro de 2023, calculada em mais de R$ 50 bilhões, com uma fraude de resultados estimada em R$ 25,2 bilhões até o final de 2022.
A investigação da CVM focou em documentos cadastrais de investidores, ordens de compra e venda de ativos da Americanas, além de troca de informações com a Bolsa de Valores.
Entre os principais acusados estão o ex-CEO da empresa, Miguel Gutierrez, e a ex-diretora, Ana Christina Ramos Saicali, além de outros diretores executivos e não executivos.
Todos são acusados de terem usado informações internas da companhia antes da divulgação pública das inconsistências contábeis, prejudicando investidores externos.
Miguel Gutierrez foi apontado pelo Ministério Público Federal como um dos principais envolvidos no esquema de fraude fiscal que abalou a empresa.
Ele chegou a ser preso em Madri, enquanto outros executivos viajaram para o exterior no auge das investigações. Agora, todos eles deverão apresentar suas defesas diante da CVM.
A CVM prossegue com dois inquéritos administrativos e 12 processos relacionados ao caso. Além disso, mais de 20 outros processos já foram encerrados, mas as investigações continuam para entender a extensão completa das fraudes cometidas na Americanas.
O caso teve grande repercussão no Brasil, gerando uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) e intensificando debates sobre fraudes corporativas e proteção ao investidor no país.
O escândalo começou em janeiro de 2023, quando a Americanas revelou inconsistências contábeis em seus balanços, o que você pode ler com mais detalhes neste artigo.
Isso resultou em uma perda de R$ 8,34 bilhões no valor de mercado da empresa em um único dia, com as ações despencando cerca de 77%, chegando a R$ 0,79, virando uma penny stock (ações de empresas que são negociadas a valores muito baixos).
Após a renúncia do então CEO Sergio Rial e CFO André Covre, a empresa formalizou o pedido de recuperação judicial. Se você quer entender mais sobre a recuperação judicial, entre neste artigo aqui no meu blog.
Quando falamos em insider trading, nos referimos a uma prática ilegal com o uso de informações privilegiadas não públicas sobre alguma empresa. Com isso, a pessoa compra e vende ações com base nestas informações confidenciais, o que é proibido.
São consideradas informações privilegiadas:
Além disso, esta prática é também considerada antiética e prejudicial à integridade do mercado. Por isso, é um crime: viola as leis e regulamentos do mercado financeiro.
Por isso, para a sua prova, perceba que é importante saber que o principal motivo que faz ser crime não é o fato de ter a informação privilegiada, mas sim o uso desta informação para tirar vantagem e obter ganhos para si próprio ou terceiros. Ou seja, cuidado com este pega-ratão.
E aí Tubarão, gostou do conteúdo? Gostou de ficar por dentro do que está acontecendo neste caso das Americanas? Viu como este crime é assunto da sua prova. Para continuar atualizado sobre tudo isso, fique de olho nas minhas redes sociais e aqui no blog.
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