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São duas siglas que representam um conteúdo de prova. ADR e BDR são termos que comprovam que é possível comprar ações de empresas estrangeiras em bolsas locais. Ficou confuso quanto a isso?
Então, tenha calma que estou aqui para esclarecer tudo com este artigo!!
O que é ADR?
ADR significa American Depositary Receipt (Recibo de Depósito Americano, em português) e é um título negociável emitido por um banco americano que representa a propriedade de ações de empresas estrangeiras.
Os ADRs são emitidos por bancos americanos, que compram as ações da empresa estrangeira no mercado local e as depositam em uma conta no exterior. Em seguida, os bancos emitem os ADRs, que podem ser negociados nas bolsas de valores americanas, permitindo que os investidores dos Estados Unidos possam investir em ações de empresas estrangeiras sem a necessidade de abrir uma conta em uma corretora no exterior.
Os ADRs podem ser emitidos em diferentes níveis, sendo que cada nível corresponde a uma relação específica entre o número de ADRs e ações subjacentes. Alguns níveis são mais líquidos e negociados do que outros, e os investidores devem estar cientes dessas diferenças antes de investir em ADRs.
O que é BDR?
BDR significa Brazilian Depositary Receipt (Recibo de Depósito Brasileiro, em português) e é um título negociável emitido por instituições financeiras brasileiras que representa a propriedade de valores mobiliários de empresas estrangeiras.
Os BDRs são emitidos por instituições financeiras brasileiras que compram as ações da empresa estrangeira no mercado local e as depositam em uma conta no Brasil. Em seguida, os bancos emitem os BDRs, que podem ser negociados na bolsa de valores brasileira, permitindo que os investidores brasileiros possam investir em ações de empresas estrangeiras sem a necessidade de abrir uma conta em uma corretora no exterior.
Os BDRs podem ser negociados em diferentes níveis de acesso: Nível I, Nível II e Nível III. O Nível I permite a negociação apenas para investidores qualificados, o Nível II permite a negociação para investidores em geral, com algumas exigências adicionais de transparência e governança corporativa da empresa emissora, e o Nível III permite a captação de recursos por meio da emissão dos BDRs no mercado brasileiro.
Os BDRs podem representar não apenas ações de empresas estrangeiras, mas também outros tipos de valores mobiliários, como títulos de dívida.
Como funciona ADR?
O funcionamento do ADR (American Depositary Receipt) ocorre da seguinte maneira:
- A empresa estrangeira decide emitir ADRs para facilitar a negociação de suas ações nos Estados Unidos. Ela contrata um banco depositário americano para que este compre as ações no mercado local do país de origem e as deposite em uma conta no exterior, geralmente nos Estados Unidos.
- O banco depositário americano emite os ADRs, que representam a propriedade das ações depositadas. Cada ADR normalmente representa uma ou várias ações da empresa estrangeira, dependendo da relação entre o número de ADRs e ações subjacentes estabelecida pela empresa.
- Os ADRs são negociados nas bolsas de valores americanas como se fossem ações comuns. Isso permite que investidores americanos possam investir na empresa estrangeira sem a necessidade de abrir uma conta em uma corretora no país de origem.
- O banco depositário americano cobra uma taxa pelos serviços prestados, como custódia das ações, emissão dos ADRs e pagamento de dividendos e outros benefícios aos detentores dos ADRs. Essas taxas variam de acordo com o nível de serviço oferecido pelo banco depositário e podem afetar o retorno dos investidores.
- Os investidores que possuem ADRs têm direito a receber dividendos, participar de assembleias de acionistas e exercer direitos de voto nas decisões da empresa, como se fossem acionistas comuns.
Em resumo, o ADR é um título que permite que investidores americanos possam investir em ações de empresas estrangeiras, de forma simples e fácil, sem a necessidade de abrir uma conta em uma corretora no país de origem.
Como funciona BDR?
O funcionamento do BDR (Brazilian Depositary Receipt) ocorre da seguinte maneira:
- Uma instituição financeira brasileira decide emitir BDRs para facilitar a negociação de valores mobiliários de empresas estrangeiras no Brasil. Ela contrata um banco depositário no exterior para que este compre as ações ou outros valores mobiliários no mercado local do país de origem e as deposite em uma conta no exterior, geralmente nos Estados Unidos.
- O banco depositário no exterior emite os BDRs, que representam a propriedade dos valores mobiliários depositados. Cada BDR normalmente representa uma ou várias ações ou outros valores mobiliários da empresa estrangeira, dependendo da relação entre o número de BDRs e valores mobiliários subjacentes estabelecida pela empresa.
- Os BDRs são negociados na bolsa de valores brasileira como se fossem valores mobiliários comuns. Isso permite que investidores brasileiros possam investir em ações ou outros valores mobiliários de empresas estrangeiras sem a necessidade de abrir uma conta em uma corretora no país de origem.
- A instituição financeira brasileira que emitiu os BDRs cobra uma taxa pelos serviços prestados, como custódia dos valores mobiliários, emissão dos BDRs e pagamento de dividendos e outros benefícios aos detentores dos BDRs. Essas taxas variam de acordo com o nível de acesso dos BDRs (I, II ou III) e podem afetar o retorno dos investidores.
- Os investidores que possuem BDRs têm direito a receber dividendos, participar de assembleias de acionistas e exercer direitos de voto nas decisões da empresa, como se fossem acionistas comuns.
Em resumo, o BDR é um título que permite que investidores brasileiros possam investir em ações ou outros valores mobiliários de empresas estrangeiras, de forma simples e fácil, sem a necessidade de abrir uma conta em uma corretora no país de origem.
A instituição financeira brasileira que emitiu os BDRs atua como intermediária entre o investidor e a empresa estrangeira, e cobra taxas pelos serviços prestados.
Quais são os tipos de ADR?
Existem dois tipos principais de ADRs (American Depositary Receipts):
- Nível I: São ADRs negociados no mercado de balcão americano (over-the-counter market). Eles não são registrados na SEC (Securities and Exchange Commission) dos Estados Unidos, mas são emitidos com base em um programa de ADRs patrocinado pela empresa estrangeira. Os investidores podem comprá-los e vendê-los livremente nos EUA, sem a necessidade de aderir a regulamentações adicionais. Esses ADRs são comumente usados por empresas estrangeiras que buscam aumentar a visibilidade de seus papéis no mercado americano e que têm poucos acionistas nos Estados Unidos.
- Nível II e III: São ADRs registrados na SEC dos Estados Unidos e listados nas bolsas de valores americanas. Os ADRs de nível II são emitidos sem a participação da empresa estrangeira e os ADRs de nível III são emitidos com a participação da empresa. Eles geralmente envolvem um processo mais complexo de registro na SEC e exigem a divulgação de informações financeiras adicionais pela empresa estrangeira. Esses ADRs são usados por empresas estrangeiras que buscam uma maior exposição ao mercado americano e maior acesso a investidores institucionais dos Estados Unidos.
Os níveis de ADRs são determinados pela SEC dos Estados Unidos e diferem em termos de exigências de divulgação de informações financeiras e de regulamentação, o que pode afetar os custos e a exposição da empresa estrangeira ao mercado americano.
Quais são os tipos de BDR?
Existem três tipos principais de BDRs (Brazilian Depositary Receipts):
- Nível I: São BDRs negociados no mercado de balcão brasileiro (over-the-counter). Eles não são registrados na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) do Brasil e são emitidos com base em um programa de BDRs patrocinado pela empresa estrangeira. Os investidores podem comprá-los e vendê-los livremente no Brasil, sem a necessidade de aderir a regulamentações adicionais. Esses BDRs são comumente usados por empresas estrangeiras que buscam aumentar a visibilidade de seus papéis no mercado brasileiro e que têm poucos acionistas no país.
- Nível II: São BDRs registrados na CVM do Brasil e negociados na B3 (Bolsa de Valores brasileira). Eles são emitidos com a participação da empresa estrangeira e geralmente envolvem um processo mais complexo de registro na CVM. A empresa estrangeira precisa divulgar informações financeiras adicionais e se submeter a requisitos de governança corporativa. Esses BDRs são usados por empresas estrangeiras que buscam maior exposição no mercado brasileiro e maior acesso a investidores institucionais brasileiros.
- Nível III: São BDRs registrados na CVM do Brasil e negociados na B3. Eles são emitidos sem a participação da empresa estrangeira e envolvem um processo mais complexo de registro na CVM. A empresa emissora do BDR precisa divulgar informações financeiras adicionais e se submeter a requisitos de governança corporativa. Esses BDRs são usados por empresas estrangeiras que buscam um maior grau de exposição no mercado brasileiro e maior acesso a investidores institucionais brasileiros.
Os níveis de BDRs são determinados pela CVM do Brasil e diferem em termos de exigências de divulgação de informações financeiras e de regulamentação, o que pode afetar os custos e a exposição da empresa estrangeira ao mercado brasileiro.
Tubarão, quer ver um exemplo disso tudo na realidade? A Nubank tem as suas ações negociadas na bolsa dos Estados Unidos e é uma empresa brasileira. Outro caso é a Apple, cujas BDRs podem ser compradas na bolsa do Brasil, mesmo sendo uma empresa norte-americana.
E aí Tubarão, esclareci suas dúvidas? Para ter acesso a mais conteúdos de prova e assunto do momento, fique de olho aqui no blog, além das minhas redes sociais, especialmente Instagram e YouTube.